"Temos guardado um silêncio muito parecido com a estupidez".
E é chegada a hora de romper esse silêncio com uma voz para a América Latina popular. Quando se termina a leitura de “Cem Anos de Solidão”, a sensação é que a América Latina parece estar condenada à mesma solidão da estirpe dos Buendia.
Os movimentos populares, reprimidos desde a chegada dos colonizadores europeus e depois com o imperialismo norte-americano, parecem não ter, mesmo, uma “segunda oportunidade sobre a terra”.
É a mesma sensação de solidão que toma conta do observador atento quando se abrem as páginas dos jornais da grande imprensa ou quando aparecem os noticiários da TV. Não é possível encontrar a causa dessa exclusão – es as conseqüentes soluções – apenas no modo de produção jornalístico. A indústria jornalística, com suas regras comerciais de produção e circulação de notícias, reproduz o contexto histórico da formação da América Latina, com todos os preconceitos e criminalizações dos movimentos populares.
É possível, no entanto, encontrar referências à América Latina Popular numa espécie de imprensa que também sofreu preconceitos e criminalizações: a imprensa alternativa trava uma batalha diária para dar voz ou, no mínimo, espaço para os que são esquecidos pela grande imprensa. Porém, todo o trabalho da imprensa alternativa não surtirá efeito se a Educação também não se der conta que é preciso incluir a América Latina em todos os seus aspectos nas grades curriculares de estudantes desde a formação básica até o ensino superior.
Retirado do site: www.latinoamericano.jor.br
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
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